Caso Edward Theodore Gein
Ed Gein foi um homicida, ladrão de lápides e profanador de cadáveres, culpado pela morte de duas pessoas e suspeito no desaparecimento de outras cinco.
Augusta Lehrke sua mãe, depois que se casou com George P. Gein seu pai, amargurou com o passar do tempo o problema de alcoolismo de Sr. Gein e a constante vida de desempregado que ele se encontrava, problemas esses que alimentaram o sentimento de desprezo dela pelo mesmo. Mas, essa, continuava seu casamento devido às suas crenças religiosas.
Após conseguir juntar algum dinheiro a Senhora Gein mudou-se com sua família para Plainfield, uma pequena cidade no interior do Estado de Wisconsin, que a mesma considerava longe dos perigos da cidade grande onde passou a administrava um pequeno armazém estabelecendo sua família em uma propriedade razoável situada na zona rural, não muito distante da cidade.
INFÂNCIA
Ed frequentou a escola e quando não estava na escola ele dedicava-se às pequenas tarefas na fazenda. Sua mãe, luterana fanática, dizia a ele e a seu irmão mais velho (Henry G. Gein) que o mundo era um sítio imoral onde a bebida era um caldo dos demônios e as mulheres prostitutas e instrumentos do inimigo do deus cristão. Segundo a mesma ainda o sexo existia com uma única finalidade, o da procriação. Tudo isso ainda era intensificado após as suas tarefas diárias durante à tarde quando essa lia a bíblia para ambos, escolhendo partes do antigo testamento onde se encontrava relatos de morte, assassinatos e castigos divinos.
Ed era assediado pelos colegas de escola que achavam seu jeito tímido efeminado e seus diversos tipos de maneirismos, como por exemplo, às vezes rir sozinho, como se estivesse a lembrar de uma piada. Para piorar as coisas, sempre que Ed tentava fazer amigos, a sua mãe impedia-o. Apesar do seu fraco desenvolvimento social, ele saiu-se bem na escola, especialmente em leitura e economia.
Ele e o irmão sempre tentavam agradar a Senhora Gein, mas esta raramente se sentia feliz com os filhos. Ela costumava insultá-los, acreditando que eles seriam um fracasso como o pai. Durante toda a adolescência e parte da idade adulta, os dois rapazes só tiveram a companhia um do outro. Quando o seu pai morreu em 1940, vítima de um ataque cardíaco. Os irmãos Gein passaram a arrumar pequenos trabalhos na redondeza, para auxiliar o sustento da família.
Eram bem vistos por todos na cidade. Ed até chegou a trabalhar como babá, serviço esse que o agradava muito... Esse por sinal se relacionava melhor com as crianças do que com adultos. Após a morte do seu pai, Henry o irmão mais velho começou a perceber a tirania de sua mãe e a se preocupar com a união entre seu irmão mais novo e sua mãe, criticando-a sempre que podia. Ed ouvia tudo com desgosto, pois tinha sua mãe como um modelo de pureza, mas sempre mortificado.
Em 16 de Maio do bastardo ano de 1944 um incêndio aconteceu perto da propriedade rural dos Gein enquanto a noite caía. Apos apaga-lo, Ed informou à polícia que o seu irmão tinha desaparecido após o fogo ser extinto. A polícia então organizou buscas que terminaram após Ed conduzi-los diretamente ao corpo do irmão. A polícia teve dúvidas quanto às circunstâncias da descoberta do corpo, uma vez que o local onde Henry se encontrava não estava queimado e este tinha manchas pretas na cabeça.
Mas na época, não se pensou em homicídio e o caso foi tratado como uma morte acidental. Hoje, não se descarta a possibilidade de homicídio que pode ter ocorrido por um surto de agressividade de Ed por causa de algo que Henry tenha dito sobre a Senhora Gein, ou pode ter sido um assassinato deliberado pelo próprio Ed para que ficasse sozinho com a propriedade e com sua mãe... Mais tarde a polícia descobriu que a causa da morte foi asfixia.
Em 29 de Dezembro do bastardo ano de 1945 a Senhora Gein partiu "para a terra dos pés juntos". Foi quando Ed ficou completamente sozinho na quinta, sustentando-se com trabalhos simples e se isolando num pequeno quarto ao lado da cozinha abandonando o resto da casa como sua mãe tinha deixado. Entre seus hábitos agora se encontrava a leitura: livros de anatomia, obituários de jornal, revistas de horror, livros de guerra e coisas do tipo. Também gostava de contar algumas histórias assustadoras para as crianças que ele cuidava.
Sobre seus crimes:
Em 16 de Novembro do bastardo ano de 1957 a polícia suspeitou do envolvimento de Ed no desaparecimento de Bernice Worden. Entrando na propriedade de Ed à noite encontraram muito lixo espalhado pelo chão e um cheiro de coisas apodrecidas. Ao chegar ao celeiro um oficial da lei utilizando uma lanterna e aos tropeços, sentiu seu corpo bater em algo, que era nada menos que uma carcaça, aberta e dependurada. Por instantes, chegou a pensar ser a de um animal. Pois, era época de caça. Mas logo viu que era a de um ser humano. Era o corpo de Bernice. Faltava-lhe a cabeça... Os órgãos já haviam sido retirados. O cadáver decapitado de Worden fora suspenso de pernas para o ar com os seus tornozelos presos a uma viga e seu tronco vazio estendido com as costelas separadas, tal como um veado. Mutilações essas que ocorreram depois da sua morte, causada por vários tiros.
Ao revistarem a sua casa, encontraram: crânios humanos empilhados sobre um dos cantos da cama; pele humana como estofamento dos assentos de cadeiras e no quebra-luz do abajur; além de pele de peitos usados como apoio de copos; topos de crânios usados como tigelas de sopa; pele do rosto de Mary Hogan, proprietária da taberna local, encontrado numa bolsa de papel; puxador de janela feito de lábios humanos; cinto feito com mamilos humanos; meias feitas de pele humana; bainha de pele humana; caixa com vulvas, que Ed confessou usar; cabeças prontas para exposição ordenadas e por fim o coração de Bernice Worden numa panela no forno...
Em especial as cabeças ordenadas para exposição descritas por ele como relíquias dos Mares do Sul, enviados por um primo que tinha servido na Segunda Guerra Mundial como este contava para as crianças da vizinhança, das quais ocasionalmente ele tomava conta. Fora contemplada certa ocasião em sua cama uma dessas cabeças, por um garoto que foi à sua casa. O garoto na época contou a outras pessoas, que não deram bola à história. Pois Ed possuía uma reputação de encher com estranho senso de humor as mentes férteis das crianças das redondezas. Na investigação a policial concluiu que na verdade eram peles faciais humanas, cuidadosamente tiradas de cadáveres e usadas por Gein como máscaras.
Após ser interrogado e sofrer sucessivas judiações policiais Ed confessou ter desenterrado vários cadáveres de mulheres de meia idade, que se parecia com a sua mãe. Ele as levava para casa, onde ele bronzeava suas peles, em um ato descrito como insano ritual travesti onde este criou uma roupa chamada woman suit, feita de pele humana e de órgãos cortados de suas vítimas, traje esse que este vestia para dançar fingindo certamente ser uma mulher...
Ed negou ter tido relações sexuais com os cadáveres, porque, segundo ele, estes "cheiravam demasiadamente mal". Ele também admitiu ter assassinado Mary Hogan, desaparecida desde o bastardo ano de 1954. A princípio, tentou negar o assassinato, disse não se lembrar de muitos detalhes, que estava confuso quando tudo aconteceu e que segundo se lembrava, foi acidental. Falou também dos vários furtos de corpos no cemitério.
Segundo os interrogadores, não havia remorso, não havia percepção da barbaridade dos seus atos. Seu primeiro depoimento não foi aceito. Pois, Art Schley, um dos policiais que interrogou Ed, o agrediu fisicamente, esmurrando a sua cabeça e empurrando o seu rosto contra um Tijolo. Um mês depois Schley morreu de ataque cardíco após testemunhar no julgamento de Ed. Os seus amigos afirmam que Schley estava traumatizado pelo horror dos crimes.
Sobre a violação de túmulos descobriu-se que esse violou três cemitérios da redondeza, e que pode ter chegado a ter aberto até 40 covas como hobby. No começo esse tinha a ajuda de um coveiro chamado, Gus, que achava que Ed fazia experimentos científicos. Após esse ter sido internado em um asilo e morrer ele passou a trabalhar sozinho.
Ed foi dado como mentalmente incapaz e mandado para o Central State Hospital, que mais tarde se tornou uma prisão. Então foi transferido para Mendota State Hospital em Madison, Wisconsin. Enquanto este esteve detido, a sua casa foi incendiada e o carro que usava para transportar suas vítimas foi vendido. No bastardo ano de 1968, após dez anos em tratamento, foi considerado apto a ir ao tribunal. Pois, os médicos declararam que ele estava são o suficiente para ir ao tribunal.
O julgamento começou a 14 de novembro e durou uma semana. Ele foi considerado culpado. Porém, como estava doente antes de ser tratado. Sua condenação foi passar o resto de sua vida em um hospital psiquiátrico para criminosos. Segundo descrições, passava a maior parte do tempo sozinho, mas parecia feliz. Lia e realizava as terapias ocupacionais com desenvoltura. Às vezes, olhava fixamente para enfermeiras e outras mulheres, deixando-as desconcertadas. Foi um dos poucos pacientes que passaram pelo hospital que não necessitou de uso emergencial de medicamentos calmantes.
Fim:
Em 26 de julho do bastardo ano de 1984 faleceu aos 77 anos, vítima de falha cardíaca e respiratória no hospital Mendota Mental Health Institute, devido à câncer. Sendo enterrado em Plainfield, perto de sua mãe. Ao longo dos anos algumas pessoas ao visitarem sua lápide retiravam pequenos pedaços para guardarem como recordação, até que um dia ela foi levada completamente sendo recuperada no bastardo ano de 2000 para em Junho do bastardo ano de 2001 ser guardada em um museu em Wautoma, Wisconsin.